As baixas declividades do Velho Chico no trecho médio contribuem para a sedimentação do material erodido nas regiões mais altas da bacia. Neste período de chuvas é possível notar uma coloração avermelhada no rio que é atribuída ao enorme volume de argila removido pela erosão superficial nas áreas dos latossolos vermelhos, com alto teor de argila, situados no alto São Francisco. As argilas são mais leves e demoram a se depositar. Já as areias são mais pesadas e irão formar os bancos de areia que impedem a navegação e as captações de água. A abaixo mostra as declividades do Velho Chico por trecho (Fonte: GEF – São Francisco).
A baixa declividade no trecho médio contribui para que as águas do Velho Chico ao chegar perto do reservatório de Sobradinho vá se espraiando e formando um delta que leva a perda de água por infiltração e evaporação. Este fenômeno denominado “Efeito Delta”. A figura abaixo mostra a região onde ocorre tal fenômeno (Fonte:GEF – São Francisco).
Nessas áreas há formação de enormes bancos de areia que irão formar novas ilhas. A figura abaixo mostra a tendência na redução da vazão média no período de 1932 a 2000 (Fonte:GEF – São Francisco), mostrando os efeitos da perda por infiltração/evaporação.
Os afluentes são os grandes responsáveis pelo processo de assoreamento e a figura abaixo (Fonte: GEF – São Francisco) mostra a distribuição das vazões e dos sedimentos entre os principais afluentes. Notamos que os rios do oeste baiano produzem muita água, mas pouco contribuem com sedimentos ficando a maioria da carga de sedimentos para os afluentes de Minas Gerais.